Este Inverno está a ser um sonho para as ondas, sol, frio, lestadas enormes e ondas boas sem parar, histórias de boas ondas por esse Portugal a fora têm me chegado ao ouvido, aqui pela Figueira e arredores não têm sido diferente, apesar de os picos não estarem bons como outros anos têm dado altas. Buarcos para quem não sabe é a terra onde nasci, cresci e criei algumas raízes, foi também onde aprendi a surfar há quase 23 anos e por isso tenho uma afinidade com aquelas ondas da baia, quando os bancos estão de gala, as ondas são muito boas para Bodyboard com grandes tubos, muito longos e grandes, bocas para bater, todos bodyboarders que se prezem deveriam saber surfar ondas assim porque é nestas ondas que se ganha a chamada linha de onda. Este Inverno os bancos estão lá mas na minha opinião não estão de gala, há mais quantidade do que qualidade para o Bodyboard, ondas moles, sem grandes sítios para manobrar no lip e realmente não está mesmo bom para Bodyboard na baia. No outro dia com a maré vazia de manhã e eu a sair do trabalho ás 8 da manhã e sabendo que o pico do crowd iria estar cheio, já tinha observado um pico mais a sul a funcionar mas com a onda muito rápida, cheguei e estava pequeno mas clean e muito razoável, tirando umas fotos aqui e acolá, deixei que a maré começasse a encher e ao entrar vi ondas de sonho, aquele metrinho perfeito e comprido que só Buarcos oferece, depois de algumas ondas completamente só, aparece o meu grande amigo Loureiro e lá caímos na conversa entre um ou outro set bem medido e perfeito, aquela hora dentro de água soube a Buarcos como antigamente, foi só mesmo aquela hora, depois a maré cheia deu cabo do resto. Lá saímos e fomos apanhar um solinho de Inverno e por a conversa em dia. Buarcos têm aquela mística de boas ondas, certo que não são as ondas ideais para Bodyboard, mas eu curto mesmo aquela baia.
A vida é bela Loureiro! NT
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