17 de junho de 2010

Palavras sábias duma professora, minha sobrinha!

Há uns tempos atrás tenho trocado umas ideias sobre treino de bodyboard com uma iniciante no Bodyboard e que pelo vistos já faz umas ondas tendo já  algum nível para poder entrar em campeonatos. Além de namorada dum grande amigo meu e dum grande bodyboarder nacional é também professora de educação física, gestora dum ginásio e nas horas livres treinadora do namorado, além de ser uma excelente mulher da bola. Como temos algumas ideias bastantes parecidas em termos de treino e ensino a miúdos e como as nossas cabeças não param, dá nisto, em textos profundos vindo de lá dentro. Sei que ela com a mesma alegria que dá aulas aos miúdos dela, eu também com a mesma alegria e prazer dou aos meus. Fica um texto da Catarina que diz tudo!


REFLEXÃO DE PROFESSOR
Cada dia em que entro na escola, além da felicidade que sinto de ser Professora, os sorrisos de todas aquelas crianças trazem-me uma alegria difícil de transcrever!

Depois de vários anos como aluna (o que ainda acontece), sempre olhei para os professores com respeito, tendo como é óbvio, gostado mais de uns do que de outros. Agora como professora, observo e penso muito nas atitudes dos alunos. Quando planeio ou intervenho numa aula, tento avaliar o que iria pensar ou sentir quando estava na situação deles, quando eu própria era aluna. Entendo ser importante tentar interpretar as sensações e comportamentos dos alunos, pois na origem de muitas das suas atitudes está o lado humano das crianças.

A arte de ensinar é um acto complexo,  que não tem uma definição certa. Sendo assim, cada aluno é um aluno e cada situação é uma situação, o que torna esta actividade rica em diversas experiências e onde o acto de moldar as nossas atitudes está sempre presente (costumo até dizer que o professor tem de ter "jogo de cintura" – capacidade de observar, interpretar e reagir em função da situação!).

Quanto mais ensino, mais percebo que aprendo e que tenho de aprender, pois todos os dias em todas as aulas e situações, aquelas crianças dão-me uma lição de vida, tanto como professora como Ser Humano.

Já percebi que quanto mais vontade, motivação e inovação demonstro ao ensinar, maior é a receptividade dos alunos em aprender e ouvir o que tenho a dizer. As crianças estão sempre muito atentas e reparam em tudo, sendo as primeiras a apontar ou a questionar alguma atitude ou mudança nossa!

Muitas vezes o desinteresse em aprender por parte de alguns alunos é revoltante para o professor, e quando isso acontece aplico-me ainda mais, observando melhor, raciocinando para tentar contrair esta tendência e tentar perceber o porquê, para puder actuar e modificar este tipo de comportamento! Mas, quando se trabalha em meios onde os problemas sociais são uma constante verificamos que por muito esforço que façamos para motivar os alunos, os factores vindos fora da escola influenciam o comportamento dos alunos e em alguns casos temos,  a total impossibilidade para poder intervir de forma eficaz, porque tal teria de ser fora do âmbito da escola! Assim, ser professor não é apenas ensinar é também ser pai, mãe e amigo... Foi uma das coisas que aprendi: ser Professor não significa apenas cumprir o programa, mas significa ser amigo, observador e bom ouvinte, pois os nossos alunos são seres humanos que como tal, têm sentimentos e emoções!!

O PROFESSOR ENSINA MAS TAMBEM APRENDE! COMO TAL, TEM DE SABER SER BOM AMIGO, E TENTAR PERCEBER AS ATITUDES DOS ALUNOS, PORQUE PARA SER HOJE PROFESSOR, JÁ TEVE DE SER ALUNO, E TERÁ DE O CONTINUAR A SER PARA O RESTO DA VIDA, PARA QUE CONSIGA  ÊXITO NAS SUAS FUNÇÕES!

Ao compreender-se textos destes, está ai a forma para se fazer homens e verdadeiros campeões na vida.


Foto gentilmente cedida por Pedro Carvalho

A vida é bela!NT

2 comentários:

Teresa Cardoso disse...

Os miudos são uma lição de vida...também aprendemos muito com eles...Parabéns á Catarina pelo excelente texto...:))

Bruno disse...

Nota-se que é professora em ínicio de carreira.

Em breve, com muitas desilusões à mistura, irá perceber (aprender) que o mundo não é cor-de-rosa.

São palavras duras, mas verdadeiras.